domingo, 31 de julho de 2011

sábado, 30 de julho de 2011

ITAJAVÉ PAINT: MUROS DE ITAPAJÉ EXPRIMEM ARTE E REFLEXÃO

Os moradores da cidade de Itapajé já percebem uma novidade que surgiu timidamente nos últimos meses, através da iniciativa privada de alguns voluntários. Diversos bairros como Cruzeiro, Santa Rita, Esmerino Gomes, Pe. Manuel Lima e várias outras áreas receberam a pintura de diversos painéis em muros de escolas, comércios e residências.

A iniciativa privada partiu de um grupo de cerca de dez membros da Comunidade de Nova Vida, jovens em sua maioria, que resolveram por conta própria desenvolver um trabalho de ação social através da conscientização visual sobre o problema das drogas. As imagens dos painéis são as mais diversas, mas certamente as que mais chamam atenção são as das caveiras, denotando o risco letal do uso dos entorpecentes. E em seus desenhos e grafites o grupo não poupa nem as drogas legalizadas, como o cigarro e o álcool.

Os participantes do grupo, capitaneados por Enoque Bastos, que também coordena o grupo de jovens da igreja, utilizam seus próprios recursos, além de doações, para a pintura dos painéis: “um irmão nos deu um compressor, ganhamos tinta, compramos materiais, outro irmão nos ajuda com seu carro e uma irmã nos ajuda com o lanche” afirma Fabio Sousa, um dos participantes do Itajavé Paint, nome do grupo, que utiliza suas manhãs de sábado para esse serviço.

A cada dia aumentam o número de painéis nas ruas de Itapajé e, em grande parte das situações, os proprietários dos muros não só autorizam a pintura, como chegam a pedir a arte na sua parede: “uma senhora católica gostou muito do nosso trabalho e pediu para que também pintássemos o muro dela com um painel”, relata Fabio. Mas o que mais motiva esses jovens são os resultados: “ouvi o testemunho de um homem que desejou realmente mudar de vida quando viu um dos nossos painéis. Hoje ele conseguiu abandonar o alcoolismo, com a graça de Deus” - conta Fabio.



Exemplos como desses jovens fazem a grande diferença na nossa geração. Postei recentemente aqui no blog a biografia de Keith Green, um cantor cristão norte-americano que marcou a igreja dos Estados Unidos no início dos anos 80 com sua música, juventude e extrema devoção. Creio que existam atualmente pouquíssimos cristãos que vivam a sua Fé com a mesma intensidade que Green viveu, pelo menos aqui no Ocidente. A maioria dos “heróis da Fé” nos dias de hoje são presos, torturados e mortos em nações ditatoriais, como a Coréia do Norte e nas teocracias islâmicas, simplesmente por não negarem a Fé cristã. Mas aqui mesmo, pertinho de nós, sei que ainda tem gente simples e sincera, doando-se de coração e alma para a diária construção do Reino de Deus. 

Fonte: Blog Cesário Pinto

Pirataria em nome de GEZUIZ


Por Renato Vargens

Na semana passada fiquei sabendo da existência de uma rua em São Paulo chamada Conde Sarzedas onde a pirataria gospel corre solta. Para minha surpresa na rua em questão é possível encontrar todo tipo de produto falsificado.

Hoje conversando pelo twitter com o Stênio Marcius manifestei minha indignação contra essa corja de pilantras que descaradamente roubam o compositor. Ora, assim como Stênio, inúmeros cantores, escritores e compositores, têm tido suas obras pirateadas e comercializadas por gente inescrupulosa.

Caro leitor, as vezes tenho a nítida impressão que somos um país de otários, onde a corrupção além de edêmica, tornou-se génerica. Para piorar a coisa, os evangélicos que deveriam lutar em favor da ética e da moral, definitivamente romperam com a decência e os bons costumes.

Lamentavelmente é  impressionante  a quantidade de "irmãos" que vendem, compram e comercializam produtos piratas. Nas grandes cidades é absolutamente percepitvel encontrarmos nossos "irmãozinhos" ganhando a vida vendendo nas esquinas CD´s e DVD´s falsificados, até porque, para estes, os fins sempre justificam os meios.

Pois é cara pálida, sinceramente eu não sei aonde vamos parar! Diferentemente desta gente, somos desafiados a não vivermos segundo as regras deste sistema., mesmo porque, de maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossas vidas.

Caro amigo, na perspectiva bíblica jamais nos será permitido negociarmos o inegociável, nem tampouco, instrumentalizarmos as pessoas com vistas ao nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do reino nos motivam a vivermos uma vida justa, reta e equânime, onde nem sempre venceremos.

Pirataria é crime! Eu to fora e você?

Pense nisso!


Casal vai à Justiça contra Universal por ter pago por cura que não houve


Wenderson Reis da Silva (foto) e Paola Amália Souza (foto) recorreram à Justiça contra a Igreja Universal do Reino de Deus porque se sentiram enganados. Em 2009, o casal deu à igreja, durante o evento chamado de “Fogueira Santa”, um carro, joias e R$ 800 em troca de uma cura divina, que não ocorreu.

Eles têm um filho de 5 anos que aos dois meses de idade contraiu hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro). Trata-se de uma doença grave, mas, segundo eles, um pastor da Universal afirmou que Deus poderia curá-lo, desde que fizessem doações à Fogueira Santa.

Silva é mecânico e sua mulher, dona de casa. Em moram em Nova Ponte, uma cidade de 13 mil habitantes do Triângulo Mineiro que fica a 178 km de Belo Horizonte.

O mecânico disse ter ficado decepcionado porque, além de não ter havido o milagre, o menino piorou – teve meningite cinco vezes e paralisia cerebral.

Hoje, a vida do casal está mais difícil. Paola afirmou que, se o casal ainda tivesse o carro, não precisaria agora pagar táxi. “Fomos enganados.”

Na quinta-feira (28), houve a primeira audiência entre o casal e representantes da Universal. O casal reivindica a devolução das doações e uma indenização por danos morais.

Os advogados da Universal não falaram à imprensa sobre a versão da igreja e o pastor que teria garantido a cura divina desapareceu da cidade.

Fonte: Paulopes Com informação e foto do MegaMinas.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CRIANÇA PRODÍGIO

Garota paranaense de nove anos dá estudos bíblicos

    Mariana de Deus de Almeida tem nove anos e é amiga de Ana Carolina Melo, de sete. Elas são vizinhas e estudam na mesma escola. Gostam das brincadeiras comuns às meninas nesta idade, que incluem as bonecas, por exemplo. Mas o diferencial da rotina dessas duas garotas está no compromisso que elas têm todas as segundas feiras, às 18h. A mais velha é quem coordena o encontro que tem como base o estudo da Bíblia. 
   A líder do Ministério da Criança e Adolescente na Associação Sul Paranaense (ASP), professora Erica Fuckner, acompanhou um desses encontros e ficou impressionada. “A Mariana estuda a Bíblia com a amiga, e, apenas quando surge uma dúvida que ela não sabe responder, a mãe, Fabiana, que está sempre por perto, auxilia”, conta. Erica ainda destaca que muitas vezes as perguntas de Ana Carolina são realmente profundas e ela pede para que a resposta seja baseada nos textos da Bíblia.
    Por ver o entusiasmo da filha, a mãe de Ana Carolina começou a se aproximar de Mariana e agora ela também está estudando a Bíblia. Ana Carolina aprendeu com a amiga que é preciso ensinar aos outros sobre Jesus, e as duas meninas formaram uma dupla missionária para atuar na escola, e já fizeram distribuição de livros para os professores e, comumente, são vistas no horário do recreio ensinando as músicas da igreja aos colegas.
   Mariana e Ana Carolina freqüentam a Igreja Adventista do bairro Novo B, distrito de Sítio Cercado, em Curitiba, e iniciaram um novo projeto evangelístico. Desta vez as tardes de sábado são ocupadas com o trabalho em um pequeno grupo.
   De acordo com a professora Erica, todo o entusiasmo de Mariana foi despertado quando ela participou do projeto Grande como Davi, que capacitou crianças e adolescentes para a missão da Igreja

Fonte: Creio com informações do Portal Adventista

História do Movimento Pentecostal e origem da Igreja Evangélica Assembleia de Deus

De 13 a 30 de junho de 2011 publicamos no twitter – @pastormesquita – um tópico por dia, no total de 100, sobre a história do Movimento Pentecostal, o avivamento que deu origem às Assembleias de Deus no Brasil.
Foram 5 tópicos por dia, com exceção do dia 13 e 18, primeiro dia e o do Centenário da AD, quando publicamos 10, sempre iniciado com tralha (#) e com o número de ordem de cada um e, no final, o tag #CentenarioAD.
O tópico de abertura figurou como o número 1. Os tópicos abaixo estão um pouco maiores, pois no twitter o limite de cada postagem é de 140 caracteres. Hoje publicamos todos os tópicos.
O início do avivamento
2 O avivamento varria partes da Europa, em especial no País de Gales. Nos EUA, o mesmo avivamento ocorria em Minnesota, Carolina Norte e Texas.
3 Em 1891 Daniel Awrey falou em outras línguas em Delaware (Ohio-EUA). Sua esposa teve a mesma experiência em 1899, em Beniah (Tennessee).
4 Os registros de batismo no Espírito Santo ocorreram desde os apóstolos e percorreram por toda a História da Igreja, envolvendo homens e mulheres cristãs.
5 Em 1º janeiro de 1901, antes do Avivamento em Los Angeles, a jovem Agnes Ozman recebeu o batismo no Espírito Santo na Escola Bíblica Betel, em Topeka (Kansas, EUA).
6 Depois de estudarem a Palavra sobre o batismo no Espírito Santo e horas em oração, diversos alunos do curso de Teologia experimentaram a glossolalia (falar em outras línguas).
7 Agnes Ozman é considerada a primeira pessoa a receber a experiência. Depois vários outros alunos e o próprio professor do curso, Charles Fox Parham também foram selados.
8 Em 1905, o garçom Willian Seymour, afro-descendente e filho de ex-escravos de Louisiana, que andava à busca de melhores condições, viajou para Houston (Texas), à procura de trabalho e parentes.
9 Após converter-se passou a pregar a Palavra, tempo em que contrair varíola, doença que o deixou com o rosto desfigurado e cego de um olho.
10 Seymour ‘frequentava’ as aulas de Parham, sobre ensino do batismo do Espírito Santo, mas ficava do lado de fora da sala de aula, próximo à entrada, pois era afro-descendente e, portando, impedido de entrar, em função da segregação étnica, existente na época nos EUA. Seymour chega a Los Angeles
11 Em 22 de fevereiro de 1906, Willian Seymour chega a Los Angeles e passa a pregar sobre regeneração, santificação, cura pela fé e batismo no Espírito Santo.
12 Seymour e um grupo permaneceram em cultos na casa do casal Ruth-Richard Asbery na Rua Bonnie Brae, 214, em Los Angeles (foto-2)
13 Em 9 de abril de 1906, Edward Lee recebe o batismo e depois Jennie Moore, que depois casou-se com Seymour.
14 Em 12 de abril de 1906, às 4h da madrugada, o afro-descendente Willian Seymour recebe o batismo no Espírito Santo.
15 Em 19 de abril de 1906, nasce a então igreja Missão da Fé Apostólica, instalada à Rua Bonnie Brae, 214, na casa do casal Ruth-Richard. A liturgia era composta de leitura bíblica, cânticos e muita oração, praticamente o dia todo.
 
16 A casa na Rua Bonnie Brae – hoje transformada em um museu, com muitas peças da época (foto) – fica pequena e a igreja aluga um templo abandonado, onde antes abrigava uma igreja tradicional e que fora transformado em um estábulo, à Rua Azusa, 312 (Rua Azusa, abaixo), também em Los Angeles. Depois de muito trabalho para limpar o local, os cultos passaram a ser realizados lá. Alguns utensílios que restaram do local, como caixotes, foram usados como peças de apoio para o culto. Começa a corrida para Los Angeles
17 A ação do Espírito Santo atrai cristãos do mundo todo. Eles seguem para Los Angeles em busca da nova experiência. A atuação do Espírito, conforme Atos 2.1-8: “E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?”, se espalha pelo mundo.
Gunnar Vingren
18 Gunnar Vingren nascera a 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Foi jardineiro como seu pai até os 19 anos.
19 De lar cristão, aos 18 anos, Vingren ocupa o lugar de seu pai na Escola Dominical, quando o Senhor fala-lhe claramente que seria missionário.
20 No ano de 1903, Gunnar Vingren, membro da Igreja Batista, viaja para os Estados Unidos e começa a estudar no Seminário Teológico Batista em Chicago.
21 Em 1909, Gunnar Vingren estava cheio de vontade de buscar o batismo no Espírito Santo. Passou a pregar sobre o assunto em sua igreja, mas teve rejeição.
22 Gunnar Vingren muda-se então para South Bend, Indiana. A igreja torna-se pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo já no primeiro verão.
Daniel Berg
23 Daniel Högberg, conhecido como Daniel Berg, nasceu a 19 de abril de 1884, em Vargon, Suécia, filho de Fredrika-Gustav Verner Högberg, membros da Igreja Batista.
24 Aos 17 anos, no dia 5 de março de 1902, Daniel Berg de lar genuinamente cristão, muda-se para os Estados Unidos em busca de melhores condições, pois a Suécia passava por crise econômica. Anos após ele volta à Suécia.
25 Em 1909, quando viajou para a Suécia Daniel Berg ouve sobre o batismo no Espírito Santo e quando volta para os EUA, ainda no caminho, recebe o revestimento de poder, outorgado pelo Espírito Santo, por meio do batismo espiritual.
26 Atraído pelo Avivamento de Chicago, o jovem Gunnar Vingren creu e foi batizado no Espírito Santo.
Os dois jovens se encontram
27 Em pleno ano de 1909, em conferência de igrejas batistas em Chicago, os jovens Gunnar e Daniel Berg, também batistas, se conhecem.
28 Daniel Berg e Gunnar Vingren chamados pelo Senhor têm como indicação do Espírito Santo, por meio de um terceiro, o nome ‘Pará’. Sem saber o que propriamente indicava, eles procuram informações sobre a indicação e descobrem que se trata do Estado brasileiro ao norte do país. De Nova Iorque eles conseguem a oferta de US$ 90 e rumam ao Brasil.
29 No ano seguinte, em 1910, no dia 5 de novembro, Daniel Berg e Vingren partem de Nova Iorque no Navio Clement. Durante a viagem na terceira classe, eles falam de Jesus aos passageiros e tripulação; distribuem folhetos e ganham um tripulante para Jesus.
30 No dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e Gunnar Vingren chegam a Belém, capital do Pará. Estavam totalmente sem bens, quase sem dinheiro, sem conhecerem a língua portuguesa e sem amigos.
31 Nessa época, Belém tinha 250 mil habitantes e uma economia em alta por causa dos reflexos da riqueza do Ciclo da Borracha (cf Judson Canto). Mas a prosperidade dura mais dois anos somente.
32 Em 1910, quando chegaram Gunnar Vingren tinha 23 anos e Daniel Berg, 26. Os dois jovens obreiros solteiros sentam na praça local e oram ao Senhor.
33 Até então Daniel Berg e Gunnar Vingren estavam ligados à Igreja Batista. Eles descobriram um nome conhecido em propaganda em um jornal de Belém. Era o pastor metodista Justus Nelson. Fizeram contato e o pastor acompanhou-os à igreja batista local.
34 Apresentados ao responsável pela igreja, Raimundo Nobre, os missionários passaram a congregar e a morar nas dependências do templo, no porão.
35 Enquanto Gunnar Vingren estudava a língua portuguesa, Daniel Berg trabalhava como caldeireiro e fundidor na Companhia Port of Pará, profissão que aprendera quando trabalhou nos EUA.
36 No dia 8 de junho de 1911, à 1h da madrugada, à Rua Siqueira Mendes, 67, a irmã Celina de Albuquerque recebeu o batismo no Espírito Santo. Foi a primeira cristã brasileira, membro da Igreja Batista, a receber a Promessa gloriosa do Senhor.
37 Amanhece e irmã Maria Nazaré vai à casa de José Batista de Carvalho, à Avenida São Jerônimo, 224, falar do batismo de Celina Albuquerque. 38-41 Os primeiros batismos no Espírito Santo, conforme registros na própria agenda de Gunnar Vingren foram os seguintes:
1) Dia 8 de junho de 1911: Celina Albuquerque, à 1h da madrugada;
2) às 22h do mesmo dia, a irmã Maria Nazaré, também fora batizada;
3) No dia 18, às 16h, Ana Silva;
4) dia 1 de novembro, às 10h, foi a vez de Sâncrita Oliveira;
5) irmão Mitoso, recebe o batismo no dia 26 de janeiro de 1912, às 10h;
6) irmã Clothilde recebe a Promessa no dia 19 de março de 1912, às 19h;
7) Manoel Dubu é batizado no dia 13 de abril do mesmo anos, 4h da madrugada;
8) Benvinda Oliveira recebe o revestimento de poder no dia 17 de abril de 1912, às 15h;
9) às 11h do dia 23 de abril de 1912, foi a vez de Emélia Dubu;
10) Guinóca recebe o batismo no Espírito Santo, um ano depois de Celine Albuquerque, justamente no dia 5 de junho 1912, às 22h.
Separados pela ação do Espírito
42 Dia 10 de junho de 1911, a ação do Espírito Santo já era realidade na Igreja Batista, mas a rejeição iniciara e irmã Celina, que trabalhava na igreja como professora de Escola Dominical, não mais teve oportunidade.
43 No dia 12 de junho de 1911, o dirigente Raimundo Nobre, que ainda estudava para tornar-se evangelista, convocou reunião extraordinária da igreja.
44 Mesmo com minoria, Raimundo Nobre propôs a exclusão da maioria, os adeptos da Boa-Nova do Espírito. Neste mesmo dia, com ousadia, o irmão português e abastado, Manoel Rodrigues, de forma ousada leu Atos 2.39.
45-47 Mas a exclusão fora aprovada pelo pequeno grupo de batistas, que se transformaria hoje em uma das maiores denominações cristãs no mundo, caso aceitassem a atualidade dos dons espirituais. Naquele dia, tiveram de sair os irmãos:
1) Celina e seu marido Henrique de Albuquerque; Maria Nazaré; José Plácido da Costa, sua esposa Piedade Prazeres da Costa; Manoel Maria Rodrigues e esposa Gerusa Rodrigues; Emília Dias Rodrigues; Manoel Dias Rodrigues; João Domingues; Joaquim Silva; Benvinda Silva, Teresa Silva de Jesus e Isabel Silva; José Batista de Carvalho e esposa Maria José de Carvalho; 17) Antônio Mendes Garcia. 48 Dez dias depois, o pequeno grupo convidou os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren para implantarem a denominação pentecostal.
18 de junho de 1911
49 Foi então que no dia 18 DE JUNHO DE 1911, à Rua Siqueira Mendes, 67, na cidade de Belém, deu-se início ao Movimento Apostólico da Fé, com 17 pessoas, que 7 anos depois, mudaria o nome para Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
50 Cheios do poder do Espírito Santo todos tinham como base de pregação a Salvação, a Cura Divina, o batismo no Espírito Santo e a Volta de Jesus.
51 Após receberam muitas críticas, o jornal A Folha do Norte, que também criticou a igreja, publicou a seguinte declaração de um repórter: “Nunca vi uma reunião tão cheia de fé, fervor, sinceridade e alegria entre os crentes”.
52 Gunnar Vingren tornou-se o pastor da igreja, enquanto Daniel Berg atuava como colportor a vender Bíblias importadas dos Estados Unidos, pois no Brasil não havia Bíblias em português. Ele aproveitava as visitas de casa em casa e testificava das Boas-Novas do Senhor Jesus.
53 Os dois obreiros, Daniel Berg e Gunnar Vingren, além de jovens, eram solteiros.
54 Berg rumou para Bragança, interior do Pará, na rota ferroviária Belém-Bragança, por onde enfrentava os dois maiores inimigos da obra do Senhor: 1) o analfabetismo e 2) o catolicismo romano.
55 Os padres, como autoridades reconhecidas por toda parte, muitas vezes, decidiam o que deveria ser feito na cidade e então impunham a perseguição com truculência e sem piedade. Eles também advertiam os moradores quanto à pregação de Daniel Berg e impunham temor quanto à leitura bíblica, pois a Igreja Católica Romana proibia seu manuseio e leitura.
56 Em pouco tempo, vinte igrejas se formaram entre Belém e Bragança. Berg ia de porta em porta, falando de Jesus e orando pelos enfermos.
57 Em dezembro de 1913, Gunnar Vingrem recebe a seguinte profecia, anotada em uma de suas agendas: “Meu filho, te humilha. Tu tens de passar grandes provações. O meu sangue tem poder para te guardar…”.
58 Após incidentes enfrentados em pequenos barcos, os pioneiros compram um grande barco, movido a velas, com ajuda financeira da igreja em Belém – o Barco Boas-Novas.
59 Dentre os sinais da manifestação divina, uma família se converte em pleno velório. Daniel Berg lê a Palavra sobre a ressurreição e pai e filhos, ao lado do corpo da mãe, se convertem e, depois, tornam-se anunciadores do Evangelho de Cristo.
Novos rumos
60 Em 1914, um grupo composto por crentes brancos, ligado à então Igreja de Deus em Cristo, forma a Assembleia de Deus, enquanto aquela passou a ter o domínio total de afro-descendentes, em função da saída dos brancos.
61 No ano de 1914, a mensagem do Evangelho chega ao Ceará por meio da cearense e pioneira Maria de Nazaré, a segunda pessoa a ser batizada no Espírito Santo.
62 No dia 25 de outubro de 1914, chegam ao Brasil outros missionários suecos: o casal Adina-Otto Nelson.
63 Em 1914, Gunnar Vingren e Otto Nelson levam a mensagem ao Estado de Alagoas e no mesmo ano, Manoel Francisco Dubu anuncia o Evangelho no Estado da Paraíba.
64 Em 1915, Cordolino Teixeira Bastos leva o Evangelho da Salvação em Cristo para Roraima e, um ano depois, Adriano Nobre leva a Palavra a Pernambuco.
65 Em 1917, o Evangelho chega ao Amazonas, por meio de Severino Moreno de Araujo e, no ano seguinte, Adriano Nobre prega a Palavra no Rio Grande do Norte.
66 Nos anos seguintes, o Evangelho é anunciado nos seguintes Estados:
- Maranhão em 1921, por Clímaco Bueno Aza;
- Espírito Santo em 1922, por Galdino Sobrinho e sua mulher;
- Rondônia em 1922, pelo missionário Paul John Aenis;
- Rio de Janeiro em1923, por crentes provenientes do Pará;
- São Paulo em 1923, por meio de crentes do Pernambuco;
- Rio Grande do Sul em 1934, pelo missionário Gustav Nordlund;
- Bahia em 1926, através de Joaquina de Souza Carvalho;
- Piauí em 1927, por Raimundo Pereira de Almeida;
- Minas Gerais em 1927, por Clímaco Bueno;
- Sergipe em 1927, por meio de Sargento Armínio;
- Paraná em 1928, por Bruno Skolimowisk;
- Santa Catarina em 1931, André Bernardino da Silva leva a Palavra;
- Acre em 1932, por meio de Manoel Pirabas;
- Goiás em 1936, por Antônio Moreira e outros crentes;
- Mato Grosso em 1944, pregado por Eduardo Pablo Joerck;
- Mato Grosso do Sul em 1944, por Juvenal R. de Andrade (época um único Estado);
- Distrito Federal em 1956, por obreiros de Mudureira.
71 Nos primeiros 4 anos, a igreja em Belém do Pará contava com 384 pessoas batizadas nas águas (membros) e 276 batizadas no Espírito Santo.
72 Após 5 anos no Brasil, Gunnar Vingren resolve ir à Suécia testificar das maravilhas ocorridas no Brasil, quando conhece a enfermeira Frida Strandberg (Frida Vingren). Logo depois, viajem para o Brasil e se casam no Pará.
73 No ano de 1915 chegam ao Brasil os missionários suecos Lina-Samuel Nyström. Ele foi um respeitado ensinador da Palavra e formou dupla com o homem de reconhecida liderança Nels Nelson. Além de grande estatura, os dois passaram a estabelecer a doutrina da Igreja entre os assembleianos. Nyström era contrário à mulher ocupar o púlpito para ensinar, quando então, entrou em choque com o pioneiro Gunnar Vingren, pois sua esposa Frida, pregava, escrevia textos nos jornais, ensinava nas escolas bíblicas e dirigia cultos na ausência do marido, embora não detivesse nenhum título ministerial. No Rio, por exemplo, quando Vingren viajava, ela dirigia os cultos, auxiliada pelo então evangelista, saudoso pastor Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério Madureira, com matriz em Madureira (daí o nome), no Grande Rio. Hoje o ministério e a citada igreja são liderados pelo pastor Abner Ferreira.
74 Em 1917 fora fundado o primeiro jornal pentecostal A Voz da Verdade, que circulou por apenas 3 meses. Deu lugar ao Boa Semente, com circulação iniciada a partir de janeiro de 1919. Igreja recebe o nome de Assembleia de Deus
75 Só então no ano de 1918, a igreja no Brasil passa a denominar-se Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
76 Dia 18 de janeiro de 1919, passa a circular o jornal Boa Semente, o primeiro órgão das Assembleias de Deus no Brasil, editado em Belém do Pará. Saiu de circulação em 1930, quando entra em circulação o atual Mensageiro da Paz.
77 Em 1920, Daniel Berg visita a Suécia quando conhece a jovem Sara com quem se casa em julho do mesmo ano. Em 1921 o casal retorna ao Brasil.
78 No ano de 1921 chega ao Brasil o sueco Nels Nelson, aos 26 anos de idade e solteiro. Considerado notável líder e único estrangeiro a naturalizar-se brasileiro. Seu filho Samuel Nelson mora no Pará e sua filha Ester, no Rio de Janeiro.
79 Em 1921, a igreja Assembleia de Deus passa a contar com o seu primeiro Hinário: o Cantor Pentecostal, composto de 44 hinos e 10 corinhos.
80 No ano de 1922, lançada por Adriano Nobre, a 1ª edição do hinário Harpa Cristã, que contava com 300 hinos. Inicialmente este hinário era confeccionado de forma artesanal.
Pioneiros não param
81 Em 1922 Daniel Berg segue para Vitória (ES) onde implanta a AD e permanece no Espírito Santo até 1924 e, depois, segue para Santos.
82 No ano de 1924, Rio de Janeiro, Gunnar Vingren muda definitivamente para a capital ao país, onde também atua como editor do jornal Mensageiro da Paz.
83 No Rio de Janeiro, quando Gunnar Vingren viajava, sua esposa Frida dirigia os cultos, auxiliada pelo então evangelista, saudoso Paulo Leivas Macalão, fundador do Ministério Madureira. Por determinado tempo da história da AD, Paulo Macalão (Rio) e Cícero Canuto de Lima (São Paulo), constituíram-se em liderança da igreja no Brasil, sempre em comum acordo e respeito mútuo.
84 Dia 5 de maio de 1924, início da AD em Santos, por meio de Hermínia-Vicente Lameira e Manoel Garcês e sua esposa, provenientes de Recife.
85 Em 1927, totalmente pela fé, o casal de missionários-pioneiros Sara-Daniel Berg e seu bandolim, muda-se para São Paulo. Sara confeccionava docinhos enquanto Daniel os vendia na rua. Foi a forma encontrada para a sobrevivência do casal.
86 15 de novembro de 1927, início da AD na capital paulista, com a cooperação do casal de missionários Linnea-Simon Lundgren, provenientes de Santos (SP). Saudoso missionário Simon, deixou uma linda história de sua atividade ministerial no país. Atualmente seu filho, pastor ‘João’ Lundgren figura como o único filho de missionário-pioneiro a presidir igreja. Ele é líder da AD em Caxias do Sul (RS) e tem como vice, o seu genro, o carismático amigo-pastor, Daniel Regis Cavalcante.
87 No dia 4 de março de 1928, três pessoas são batizadas na águas em São Paulo e no mês de abril, a matriz da AD paulista passou para a Avenida Celso Garcia, 1.209. Início da CGADB
88 Nos dias 17 e 18 de fevereiro de 1929, dá-se início à Convenção Geral das Assembleias de Deus com uma reunião preliminar em Natal, no Rio Grande do Norte.
89 De 5 a 10 setembro de 1930, em Natal (RN) ocorre a primeira Convenção Geral das Assembleias de Deus e a transmissão da liderança das ADs no Brasil, dos missionários suecos para os obreiros brasileiros.
90 Ainda em Natal, em 1930, a Convenção Geral decide pela paralisação dos jornais Boa Semente e Som Alegre, que circulavam no Pará e no Rio de Janeiro, respectivamente. Passa a circular como órgão oficial o jornal tablóide Mensageiro da Paz.
91 Junho de 1931, Gunnar Vingren lança no Rio, o hinário Saltério (Psaltério)Pentecostal, com 220 hinos. 92 Em 1932 ocorre a primeiro dissidência com a formação da Igreja de Cristo no Brasil, que no início teve o nome de Assembleia de Cristo no Brasil, nome mantido até 1937. Eles tinham hinos com ritmo próprio do Nordeste e um dos principais motivos da separação foi sobre interpretação do batismo no Espírito Santo.
93 Dia 15 de agosto 1932, Gunnar Vingren e família despedem-se da igreja no Rio de Janeiro e do Brasil e voltam à Suécia. A obra de suas mãos já estava completada.
94 No dia 29 de junho 1933, 22 anos após o início das Assembleias de Deus no Brasil e no mesmo mês, já doente e bastante debilitado, o pioneiro Gunnar Vingren, fora chamado à Glória, quando já estava na Suécia.
95 No ano de 1937 ocorrem os primeiros passos para a organização da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
96 Em março de 1940, o Governo Getúlio Vargas exige que todos os órgãos de imprensa sejam registrados. Com a necessidade de registro o jornal Mensageiro da Paz, passou a constituir-se pessoa física e daí nasce a Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
98 Ano de 1946: A CPAD passa a pertencer à Convenção Geral e dá-se início a campanha para aquisição de uma propriedade para a gráfica do Mensageiro da Paz. O jornal inicialmente fora registrado em nome do pastor Silvio Brito, irmão de Zélia de Brito Macalão, esposa do pastor Paulo Leivas Macalão. Leivas era filho do general João Maria Macalão.
98 Em 1956 foi lançada A Seara, primeira revista evangélica do Brasil, idealizada pelos pastores Augusto Costa, que foi chefe da Gráfica da CPAD e do saudoso literato Joanyr de Oliveira.
99 1958 outubro: O casal de missionários Ruth Dorris-João Kolenda Lemos fundam o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (Ibad), em Pindamonhangaba (SP).
100 Em 1963, Daniel Berg foi hospitalizado na Suécia e, mesmo no hospital, permanecia a evangelizar por meio da distribuição de folhetos e oração. A enfermeira tentou inutilmente impedi-lo, mas acabou desistindo e permitindo sua atuação, pois se sentia melhor com isso. Por fim, partiu para a Glória 1963, aos 79 anos de idade.

Morte de John Stott: ‘Entre os Três Maiores Comentaristas de Romanos’, Diz Bispo

Por Amanda Gigliotti|Repórter do The Christian Post



Líderes evangélicos brasileiros lamentam e comentam a morte de um dos maiores líderes evangélicos do mundo, John Stott, que foi apontado como dono de um dos três maiores comentários de Romanos, ao lado de Martinho Lutero e Karl Barth.
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(Foto: Langham Partnership)
Líderes evangélicos brasileiros lamentam e comentam a morte de um dos maiores líderes evangélicos do mundo, John Stott.
John Stott faleceu nesta tarde de quarta-feira, aproximadamente às 3:15pm, horário de Londres, de acordo com o presidente do John Stott Ministries, Benjamin Homan.
O grande líder evangélico deixou alguns amigos no Brasil que fizeram recordações de Stott neste momento de perda. O bispo anglicano Robinson Cavalcanti, um dos que intermediou a visita do líder no Brasil em 1980, disse ao The Christian Post que justamente pensava em ir visitá-lo na Inglaterra.
“Foi uma perda... Ele foi um dos principais pensadores evangélicos do século passado”.
Cavalcanti teve um relacionamento, segundo ele, próximo por estarem ligados à ABU (Aliança Bíblica Universitária), e o congresso de Lausanne, da qual foi membro.
“Estivemos juntos desde de 1967, era uma relação dentro da linha evangélica anglicana, dentro da ABU e dentro da relação afetiva”.
A última que o líder brasileiro esteve com ele faz uns cinco anos, disse Cavalcanti.
Das vezes em que Stott foi ao Brasil, o bispo Robinson Cavalcanti foi o seu intermediário, em 1980, no Congresso Mundial da ABU em Recife. A segunda vez ele veio em 1989, para um outro congresso, sendo intermediado por um outro amigo, pastor Caio Fábio.
“Duas vezes que Stott foi ao Brasil, ele veio em minha casa. Da primeira vez, ele tomou café e na segunda ele almoçou”, relembrou o bispo brasileiro.
Bispo Cavalcanti citou como uma qualidade da qual ele se lembra de John Stott a sua capacidade de expor a Bíblia. “Como expositor bíblico ele era fantástico.”
Ele considera que John Stott foi um dos três maiores comentaristas do livro de Romanos da história que "foram os comentários de [Martinho] Lutero, o de Karl Barth e o comentário dele [John Stott]”.
John Stott foi descrito por ele como uma pessoa introvertida, mas afetuosa e muito pastoral, muito preocupado com o bem estar dos seus amigos.
O pastor Caio Fábio d'Araújo Filho, apontado como outro dos amigos próximos de Stott no Brasil, informou a morte do líder evangélico no seu blog, escrevendo a última mensagem dele em Keswick.
Na visita Stott ao Brasil em 1989, Caio Fábio, como é conhecido, foi o responsável por levá-lo a conhecer a famosa Amazônia.
John... dizia que nunca, em tão pouco tempo, tinha visto tantas novas espécies de pássaros em sua vida”, disse Caio Fábio em um dos seus relatos sobre a visita de Stott postado em seu blog.
Outros líderes brasileiros lamentaram sua morte, “é com pesar que recebi a notícia do falecimento de um dos maiores pastores evangélicos de todos os tempos”, disse o pastor Renato Vargens da Igreja Cristã da Aliança no Rio de Janeiro.
“Eu devo muito a este grande homem de Deus. Seus livros contribuíram significativamente para a minha formação teológica”, disse ele.
Stott morreu aos 90 anos e é reverenciado por sua vida em ministério. Ele foi considerado pelo evangelista Billy Graham como o “mais respeitado no mundo de hoje”.
Stott era pertencente à Igreja Anglicana desde 1936 e foi o fundador da Langham Partnership International. Uma de suas maiores contribuições internacionais foram os seus livros, publicando mais de 40 títulos e centenas de artigos cristãos.

Quem É John Stott?

Por Anugrah Kumar|Repórter do The Christian Post
Traduzido por Abigail Viana dos Santos




O jornalista que famosamente descreveu John Stott como o "papa" presumível dos evangélicos também se queixou de que o mundo sabia muito pouco sobre o homem que ganhou honras excepcionais e foi celibatário, humilde, articulado, e uma vez até mesmo controverso.
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(Foto: Langham Partnership International)
John Stott (esquerda) e Billy Graham nos primeiros anos.
"O mundo evangélico perdeu um de seus maiores porta-vozes, e eu perdi um de meus amigos pessoais e um conselheiro", disse Billy Graham, em homenagem ao Rev. John Robert Walmsley Stott, que morreu aos 90 anos de idade na quarta-feira.
Um ano antes a revista Time classificou John Stott entre as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2005, o judeu jornalista David Brooks do The New York Timesdisse que a razão "por que tantas pessoas estão tão mal informadas sobre os Cristãos evangélicos" na América é que os seus críticos, ou seja, a mídia e os democratas, não conseguem identificar "representantes autênticos" do movimento global evangélico, apontando para Stott.
"Pode ser que você nunca tenha ouvido falar de John Stott," Brooks escreveu. "Eu não culpo você. Tanto quanto eu posso dizer, Stott nunca apareceu em um importante programa de notícias americano".
Brooks comentou que os escritos de Stott tinham uma voz "simpática, cortês e natural." "Era humilde e autocrítico, mas também confiante alegre e otimista. A missão de Stott missão é romper através de todas as incrustações e compartilhar o contato direto com Jesus. Stott diz que a mensagem central do evangelho não é o ensinamento de Jesus, mas o próprio Jesus, a figura humana/divina. Ele está sempre trazendo pessoas de volta à realidade concreta da vida e do sacrifício de Jesus".
Se os evangélicos pudessem eleger um papa, Brooks acrescentou, "Stott é a pessoa que provavelmente escolheriam."
Como presidente do Grupo Lausanne Teologia e Educação de 1974 a 1981, John Stott contribuiu poderosamente para a crescente compreensão evangélica da relação entre evangelismo e ação social. Ele também chefiou o comitê de redação do Manifesto de Manila, um documento produzido pelo segundo Congresso Internacional em 1989.
é digno de nota que Stott, um clero da Igreja da Inglaterra, não chamou publicidade mesmo quando ele publicamente desviou da abordagem tradicional evangélica para a doutrina do inferno, defendendo o ponto de vista aniquilatório que o inferno é a incineração na não existência, e não no tormento consciente eterno.
"Questiono se o 'tormento consciente eterno' é compatível com a revelação bíblica da justiça divina, a não ser talvez a impenitência dos perdidos também continue por toda a eternidade", Stott, foi citado no livro de David Edwards, Essentials: Um Diálogo Liberal-Evangélico, em 1988.
Citando Apocalipse 14:11, onde se lê: "E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre", Stott passou a argumentar: "O próprio fogo é chamado de 'eterno' e 'inextinguível', mas seria muito estranho se o que é jogado na prova indestrutível. Nossa expectativa seria o oposta: seria consumido para sempre, não atormentado eternamente. Por isso, é a fumaça (evidência de que o fogo fez o seu trabalho) que 'sobe para todo o sempre."
A aniquilação final do ímpio, Stott acrescentou, "deve pelo menos ser aceita como uma alternativa legítima biblicamente fundada para seu tormento eterno e consciente." No entanto, ele reconheceu que sua opinião sobre o inferno não foi baseada somente em suas emoções.
"Emocionalmente, acho o conceito [de tormento consciente eterno] intolerável e não compreendo como as pessoas podem viver com isso sem cauterizar seus sentimentos ou fissuras, sob a tensão. Mas nossas emoções são um guia, oscilando pouco confiável para a verdade e não deve ser exaltado no lugar da suprema autoridade em determiná-lo ... a minha pergunta deve ser - e é -? não o que meu coração diz, mas o que a palavra de Deus diz", disse Stott cerca de cinco anos mais tarde, de acordo com seu biógrafo autorizado Timothy Dudley-Smith.
Stott também defendeu a ordenação de mulheres no diaconato e presbíteros que ele não disse que elas devem estar em posições de liderança, Dudley-Smith mencionou.
Comparado com as reações que autor americano e pastor, Rob Bell, um universalista, despertou depois de seu livro, O amor vence, recentemente, Stott foi tratado com cuidado pelos outros líderes.
"Eu o considero como um irmão em Cristo, que é diferente neste ponto em particular [inferno]," Banner of Truth citou o Dr. Barker, do Seminário Teológico Dean of Covenant da Igreja Presbiteriana na América, em St. Louis, em dezembro de 1999. "Não há dúvida em minha mente que John Stott é um Cristão evangélico", acrescentou Barker, que estava comentando sobre um sermão que Stott tinha feito seminário.
John Stott, que permaneceu solteiro, já escreveu mais de 40 títulos, o mais conhecido entre eles, sendoCristianismo Básico, e centenas de artigos e outras contribuições à literatura cristã. Ele também formou a Langham Partnership International, que hoje tem seis movimentos nacionais, incluindo os USA John Stott Ministries.
As realizações de Stott poderiam ser parcialmente atribuídas a seu celibato, o que ele viu como um "presente", mas acreditava que, "o dom do celibato é mais uma vocação do que uma capacitação", como ele foi citado como tendo dito em Singles at Crossroads (Solteiros nas Encruzilhadas).
Além de suas realizações, John Stott era conhecido por seus notáveis atributos pessoais.
O biógrafo Dudley-Smith diz sobre ele: "Para aqueles que conhecem e encontrá-lo, respeito e afeto caminham lado a lado. A figura-mundial está perdido em amizade pessoal, interesse desarmando, não fingido, humildade e uma pitada de humor travesso e charme. "Por outro lado, Stott pensou em si mesmo como" simplesmente uma criança amada por um Pai celestial, um indigno servo de seu amigo e mestre, Jesus Cristo; um pecador salvo pela graça para a glória e louvor de Deus".
Talvez devido a esta rara combinação qualidades trabalho- vida que John Stott foi nomeado Capelão para Elizabeth II da Reino Unido em 1959, e um capelão extra na sua aposentadoria em 1991. Ele também foi nomeado Comendador da Ordem do Império Britânico (CBE) em 2006.
Embora Stott tenha sido confirmado em uma Igreja anglicana em 1936, ele aceitou a Cristo pessoalmente, dois anos depois. Quando ele tinha 17 anos e estudava na Escola de Rugby, ele ouviu um sermão intitulado "O que farei então com Jesus, que é chamado o Cristo?" Pelo Rev. Eric Nash. O sermão levou Stott convidar Cristo para sua vida. O mesmo sacerdote anglicano, popularmente conhecido como Bash, orientou-o através de cartas semanais.
"Como um adolescente típico, eu estava ciente de duas coisas sobre mim", disse Stott descrevendo sua experiência de conversão ao seu biógrafo. "Primeiro, se havia um Deus, eu estava distante dele. Eu tentei encontrá-lo, mas ele parecia estar envolto em uma névoa eu que eu não poderia penetrar. Em segundo lugar, eu estava derrotado. Eu sabia o tipo de pessoa que eu era, e também o tipo de pessoa que eu desejava ser. Entre o ideal e a realidade, houve um grande abismo. Eu tinha altos ideais, mas uma vontade fraca ... O que me trouxe a Cristo foi essa sensação de derrota e de estranhamento, e as notícias surpreendentes que o Cristo histórico ofereceu para atender às necessidades de que eu estava consciente. "
Stott nasceu para Sir Arnold, um agnóstico, e Emily Stott, membro de uma Igreja luterana, em Londres, em 1921. Ele estudou teologia na Trinity College Cambridge, e foi treinado para o pastorado em Ridley Hall, Cambridge. Em 1945, foi ordenado em sua Igreja local, All Souls, Langham Place, em Londres. Ele obteve o doutorado em divindade Lambeth em 1983 e têm doutorados honorários das escolas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá.
Na Igreja da Inglaterra, Stott desempenhou um papel fundamental como um líder de evangelismo, e foi considerado como fundamental em persuadir os evangélicos a desempenhar um papel ativo na denominação ao invés de deixá-la.
Enquanto o mundo pode não tê-lo conhecido bem, Stott conhecia o mundo. Um sagaz observador de aves e fotógrafo, além de ser um evangelista, ele viajou o mundo, inclusive para os Estados Unidos, armado com sua Bíblia, binóculos e câmera. Fielmente dedicou três meses de cada ano para viajar por mais de três décadas.