terça-feira, 30 de agosto de 2011

A História do Inferno: Introdução

 
O Inferno: Três Pontos de Vista

TRADICIONAL 
Alguns (talvez mesmo a maior parte da espécie humana) não serão salvos. • Cada pessoa é julgada de uma vez por todas na morte e herda ou a vida eterna, ou a condenação eterna. • O inferno é um lugar de punição consciente e interminável em decorrência do pecado. Essa punição é interpretada ora de modo literal (tormento físico), ora de modo metafórico (um estado do ser, sofrimento espiritual, separação em relação a Deus). • Uma vez no inferno, a pessoa não tem mais como escapar. • Algumas vertentes desse ponto de vista defendem que há diferentes graus de punição, dependendo da gravidade dos pecados cometidos. • Algumas correntes (como a calvinista) enfatizam a soberania de Deus na punição daqueles a quem ele escolhe punir, ao passo que outras linhas ressaltam a liberdade da escolha humana. • A posição católica romana estabelece uma distinção entre inferno e purgatório — local temporário de purificação para os destinados ao céu.
IMORTALIDADE CONDICIONAL OU ANIQUILACIONISMO 
Alguns não serão salvos. • A alma humana não é imortal por natureza. A existência eterna é um dom que Deus dá aos remidos. • Os impenitentes serão punidos, mas esse período de punição consciente terá fim. • Na última ressurreição, os impenitentes serão destruídos e deixarão de existir. O “fogo” do inferno de que fala a Escritura é consumidor, não atormentador. • Alguns condicionalistas creem que após a morte a pessoa receberá uma segunda oportunidade de aceitar ou rejeitar a Deus.
RESTAURACIONISMO OU UNIVERSALISMO 
Todos no fim serão salvos, e Deus restaurará a criação à perfeita harmonia. • A punição eterna contradiz o amor de Deus, uma vez que Deus deseja a salvação de todos e tem o poder de vencer o pecado e o mal. O amor de Deus é mais forte que a resistência humana. • Se existe inferno, não é por toda a eternidade. A punição é transitória e corretiva, levando o pecador ao arrependimento e à união com Deus. • Mesmo o Diabo pode no final de tudo se arrepender e ser salvo. • Alguns teólogos ao longo da história defenderam uma posição mais cautelosa de “universalismo esperançoso”, ou seja, não podiam afirmar dogmaticamente que todos serão salvos, mas tampouco podiam negar essa possibilidade.

Obs.: O VE defende oficialmente a posição tradicional do inferno, crendo ser essa a correta interpretação dos ensinos bíblicos.
Fonte: VE

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