sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lição 9 "Dízimos e Ofertas' Subsídio: Professor Érick Freire.




O dízimo e suas polêmicas teorias

Queridos irmãos em Cristo, vos deixo a graça e paz do Senhor Jesus que é misericordioso em todas as coisas, antes porém estamos aqui em mais uma semana de ensino das Sagradas Escrituras e estaremos estudando um assunto um pouco controverso, onde existem várias teorias que abocam este tema, por isso tenham cautela ao ler estas palavras, não estarei em hipótese alguma defendendo visão A ou B, mas estarei mostrando os lados de cada tipo de pensamento, não darei minha opinião explícita por motivos éticos.

O dízimo foi criado no meio do povo hebreu e durante seu processo obteve várias mutações, em épocas remotas, ou seja, no princípio da formação do “estado” de Israel, com várias facetas. Por exemplo, inicialmente o dízimo era dado por colheita trienal (a cada três anos) e servia para manter os levitas, já que, seus trabalhos e esforços eram todos no tabernáculo. Por isso, não possuíam renda própria ao passo que eram mantidos pelas outras tribos de Israel. A cada três anos cada tribo retirava 10% de sua colheita e deixava na sala de dízimos para os levitas, os órfãos e as viúvas se alimentarem. No que concerne aos animais, eles eram levados para o sacrifício, mas quando a cidade de origem do ofertante era distante, poderia vender o produto do seu dízimo e comprar outro na cidade da adoração. Por isso, o Senhor Jesus ficou irado com os mercadores que estavam no templo, eles estavam além de comerciando à porta daquele lugar, barganhavam vendendo os produtos a preços exorbitantes. Eram verdadeiros cambistas. Não pense que o Senhor se chateou por venderem naquele lugar e sim porque eles se aproveitavam das pessoas menos abastadas principalmente, leia o texto com atenção:

E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas. E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões. (Marcos 11:15 e 17)

O que é covil? Só conhecendo essa palavra poderemos entender o contexto, covil na realidade é o local onde há pessoas com má intenção, aproveitadores, por isso, Jesus chama de covil de salteadores, ou seja, um lugar onde homens com má intenção se aproveitam dos mais pobres, tanto que ele derruba as cadeiras dos que vendiam pombas, ou seja, dos que se aproveitavam dos incautos e menos providos. Quantas indulgências muitos hoje não pagam dentro das igrejas ditas cristãs? Meias, sal grosso, vela, areia santa de Israel, pedra da terra santa, pedaço de lenço ungido, copo d’água ungido, “trízimo” e etc.
Continuando... Então no meio judaico se dava dízimo quando existia o sacerdócio levítico, hoje, a maioria dos judeus não dá seus dízimos como antigamente já que, não há mais sacrifícios e trabalho específico de levitas, mas dão a décima parte do que ganham diretamente aos pobres (BLECH, 2004, p.43)
Agora iremos falar sobre as visões sobre o dízimo nos dias atuais e seus pontos positivos e negativos:
1ª teoria: Dar o dízimo é obrigatório – Essa é a visão preponderante, sendo embasada por muitos como, quem não dá o dízimo rouba a Deus (Ml 3.10), usam também o texto de Hebreus 7 como base para o dízimo entre os gentios já que, Melquisedeque não era levita e é considerado um tipo de Cristo segundo o autor aos Hebreus. Essa também é a visão assembleiana.
Alguns chegam ao extremo de dizer que senão der o dízimo o demônio devorador arrasará as finanças (Ml 3.11)
Pontos positivos:
·         Realmente o texto de Hebreus é a maior força pra essa teoria já que, fala do sacerdócio de Cristo com relação a Melquisedeque, e que ao mesmo tempo mostra Abraão dando o dízimo a este.
·         Outro ponto é que dar os dízimos mantém o templo em perfeitas condições de trabalho.

Pontos Negativos:
·         O texto de Malaquias está falando especificamente pra uma época onde o povo de Israel tinha parado de alimentar os sacerdotes (levitas) e as viúvas, negligenciando o que era uma obrigação da lei mosaica, pois todos os levitas não tinham ofícios profissionais e eram mantidos exclusivamente por outras tribos.
·         Quando fala em devorador a Bíblia não está falando de demônio, mas de uma peste de gafanhotos que estava assolando as plantações e Deus disse que só iria repreender essa peste se voltassem a obedecer a lei que era para eles os judeus.

2ª teoria: Dar o dízimo era para os judeus – Essa visão mostra que todo o conceito de dar o dízimo é segundo a Lei mosaica e que se for aplicada aos povos gentios seria judaizante, por isso, para eles Paulo, Jesus e todos os escritores do Novo Testamento não tocam no assunto falando em dar dízimos, só fazem menção honrosa para os judeus, não para os gentios, para eles dentre as igrejas do período do livro de Atos só existia ofertas voluntárias (2 Co 2.6-8)
Melquisedeque para eles serve como figura de Cristo sim, mas a referência aos Hebreus tem uma pequena ressalva, quando diz que mudando o sacerdócio se muda a lei, ou seja, para eles o sacerdócio de Cristo é superior ao sacerdócio de Melquisedeque e o sacerdócio levítico e a lei do Senhor é outra, ou seja, espiritual e não materializada.
Pontos Positivos:
·         Desobriga a falta de dar o dízimo como pecado comparado ao roubo.
·         Faz uma análise segundo os padrões do concílio de Jerusalém, onde retira o cerimonialismo judaico das obrigações das igrejas compostas por gentios, onde os apóstolos adéquam só fatores que não podem deixar de ser respeitado, como comer animais sacrificados a deuses pagãos.
·         Valoriza a oferta dada segundo o coração, não sendo por obrigação, independente da porcentagem sendo 10% ou 90% o que vale é o coração.
Pontos Negativos:
·         Pode causar desconforto as finanças da igreja já que, se interpretada literalmente muitos deixaram de contribuir.
·         Em alguns casos é liberal, fazendo parte de uma teologia sem compromisso real, se mal interpretada.
·         Diminui o poder da lei mosaica sobre o gentio, se tornando parcialmente negativo já que, alguns podem afirmar que a lei só era para os judeus.

3ª teoria: Dar o dízimo é mais que obrigação deve ser prioridade está sempre financiando campanhas, mas do que isso deve se dar mais do que o dízimo porque ele sozinho não abençoa a quem oferta.
Essa teoria é mais coligada com a teologia da prosperidade. Ela exige de co que você tem pela fé que, Deus irá lhe retribuir multiplicadamente. Eles afirmam que temos que dá o máximo para sermos abençoados, quanto mais dermos mais Deus abençoa. E depois de darmos temos que exigir de Deus nossos direitos (Ml 3.10).
Na última teoria eu não opinarei com pontos negativos ou positivos, pois ela já manifesta seus pontos negativos por si só e não vejo, mesmo que de forma imparcial, pontos positivos nela a não ser o que a igreja ganha, ou seja, fica mais rica e com pastores e “televangelistas” cheios de dinheiro.
Enfim, devemos dar ou não o dízimo?
Somos obrigados e estaremos pecando se não dermos?
O demônio devorador existe como se ensina por aí?
Essas e outras questões só quem pode responder é você mesmo porque a sua interpretação sempre caberá em uma dessas teorias.
Antes de terminar quero fazer uma observação e pedir para o autor da lição e os editores da CPAD ter cuidado, pois não existe esse verbo dizimar em relação ao dízimo, pois dizimar é destruir, acabar, punir um soldado a morte a cada dez, e o dízimo não é uma punição da décima parte e sim uma gratidão. É hilário, mas é a verdade!
Fiquem na graça e na paz.

O dízimo e suas polêmicas teorias

Queridos irmãos em Cristo, vos deixo a graça e paz do Senhor Jesus que é misericordioso em todas as coisas, antes porém estamos aqui em mais uma semana de ensino das Sagradas Escrituras e estaremos estudando um assunto um pouco controverso, onde existem várias teorias que abocam este tema, por isso tenham cautela ao ler estas palavras, não estarei em hipótese alguma defendendo visão A ou B, mas estarei mostrando os lados de cada tipo de pensamento, não darei minha opinião explícita por motivos éticos.

O dízimo foi criado no meio do povo hebreu e durante seu processo obteve várias mutações, em épocas remotas, ou seja, no princípio da formação do “estado” de Israel, com várias facetas. Por exemplo, inicialmente o dízimo era dado por colheita trienal (a cada três anos) e servia para manter os levitas, já que, seus trabalhos e esforços eram todos no tabernáculo. Por isso, não possuíam renda própria ao passo que eram mantidos pelas outras tribos de Israel. A cada três anos cada tribo retirava 10% de sua colheita e deixava na sala de dízimos para os levitas, os órfãos e as viúvas se alimentarem. No que concerne aos animais, eles eram levados para o sacrifício, mas quando a cidade de origem do ofertante era distante, poderia vender o produto do seu dízimo e comprar outro na cidade da adoração. Por isso, o Senhor Jesus ficou irado com os mercadores que estavam no templo, eles estavam além de comerciando à porta daquele lugar, barganhavam vendendo os produtos a preços exorbitantes. Eram verdadeiros cambistas. Não pense que o Senhor se chateou por venderem naquele lugar e sim porque eles se aproveitavam das pessoas menos abastadas principalmente, leia o texto com atenção:

E vieram a Jerusalém; e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derrubou as mesas dos cambiadores e as cadeiras dos que vendiam pombas. E os ensinava, dizendo: Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões. (Marcos 11:15 e 17)

O que é covil? Só conhecendo essa palavra poderemos entender o contexto, covil na realidade é o local onde há pessoas com má intenção, aproveitadores, por isso, Jesus chama de covil de salteadores, ou seja, um lugar onde homens com má intenção se aproveitam dos mais pobres, tanto que ele derruba as cadeiras dos que vendiam pombas, ou seja, dos que se aproveitavam dos incautos e menos providos. Quantas indulgências muitos hoje não pagam dentro das igrejas ditas cristãs? Meias, sal grosso, vela, areia santa de Israel, pedra da terra santa, pedaço de lenço ungido, copo d’água ungido, “trízimo” e etc.
Continuando... Então no meio judaico se dava dízimo quando existia o sacerdócio levítico, hoje, a maioria dos judeus não dá seus dízimos como antigamente já que, não há mais sacrifícios e trabalho específico de levitas, mas dão a décima parte do que ganham diretamente aos pobres (BLECH, 2004, p.43)
Agora iremos falar sobre as visões sobre o dízimo nos dias atuais e seus pontos positivos e negativos:
1ª teoria: Dar o dízimo é obrigatório – Essa é a visão preponderante, sendo embasada por muitos como, quem não dá o dízimo rouba a Deus (Ml 3.10), usam também o texto de Hebreus 7 como base para o dízimo entre os gentios já que, Melquisedeque não era levita e é considerado um tipo de Cristo segundo o autor aos Hebreus. Essa também é a visão assembleiana.
Alguns chegam ao extremo de dizer que senão der o dízimo o demônio devorador arrasará as finanças (Ml 3.11)
Pontos positivos:
·         Realmente o texto de Hebreus é a maior força pra essa teoria já que, fala do sacerdócio de Cristo com relação a Melquisedeque, e que ao mesmo tempo mostra Abraão dando o dízimo a este.
·         Outro ponto é que dar os dízimos mantém o templo em perfeitas condições de trabalho.

Pontos Negativos:
·         O texto de Malaquias está falando especificamente pra uma época onde o povo de Israel tinha parado de alimentar os sacerdotes (levitas) e as viúvas, negligenciando o que era uma obrigação da lei mosaica, pois todos os levitas não tinham ofícios profissionais e eram mantidos exclusivamente por outras tribos.
·         Quando fala em devorador a Bíblia não está falando de demônio, mas de uma peste de gafanhotos que estava assolando as plantações e Deus disse que só iria repreender essa peste se voltassem a obedecer a lei que era para eles os judeus.

2ª teoria: Dar o dízimo era para os judeus – Essa visão mostra que todo o conceito de dar o dízimo é segundo a Lei mosaica e que se for aplicada aos povos gentios seria judaizante, por isso, para eles Paulo, Jesus e todos os escritores do Novo Testamento não tocam no assunto falando em dar dízimos, só fazem menção honrosa para os judeus, não para os gentios, para eles dentre as igrejas do período do livro de Atos só existia ofertas voluntárias (2 Co 2.6-8)
Melquisedeque para eles serve como figura de Cristo sim, mas a referência aos Hebreus tem uma pequena ressalva, quando diz que mudando o sacerdócio se muda a lei, ou seja, para eles o sacerdócio de Cristo é superior ao sacerdócio de Melquisedeque e o sacerdócio levítico e a lei do Senhor é outra, ou seja, espiritual e não materializada.
Pontos Positivos:
·         Desobriga a falta de dar o dízimo como pecado comparado ao roubo.
·         Faz uma análise segundo os padrões do concílio de Jerusalém, onde retira o cerimonialismo judaico das obrigações das igrejas compostas por gentios, onde os apóstolos adéquam só fatores que não podem deixar de ser respeitado, como comer animais sacrificados a deuses pagãos.
·         Valoriza a oferta dada segundo o coração, não sendo por obrigação, independente da porcentagem sendo 10% ou 90% o que vale é o coração.
Pontos Negativos:
·         Pode causar desconforto as finanças da igreja já que, se interpretada literalmente muitos deixaram de contribuir.
·         Em alguns casos é liberal, fazendo parte de uma teologia sem compromisso real, se mal interpretada.
·         Diminui o poder da lei mosaica sobre o gentio, se tornando parcialmente negativo já que, alguns podem afirmar que a lei só era para os judeus.

3ª teoria: Dar o dízimo é mais que obrigação deve ser prioridade está sempre financiando campanhas, mas do que isso deve se dar mais do que o dízimo porque ele sozinho não abençoa a quem oferta.
Essa teoria é mais coligada com a teologia da prosperidade. Ela exige de você dar até tudo o que você tem pela fé que, Deus irá lhe retribuir multiplicadamente. Eles afirmam que temos que dá o máximo para sermos abençoados, quanto mais dermos mais Deus abençoa. E depois de darmos temos que exigir de Deus nossos direitos (Ml 3.10).
Na última teoria eu não opinarei com pontos negativos ou positivos, pois ela já manifesta seus pontos negativos por si só e não vejo, mesmo que de forma imparcial, pontos positivos nela a não ser o que a igreja ganha, ou seja, fica mais rica e com pastores e “televangelistas” cheios de dinheiro.
Enfim, devemos dar ou não o dízimo?
Somos obrigados e estaremos pecando se não dermos?
O demônio devorador existe como se ensina por aí?
Essas e outras questões só quem pode responder é você mesmo porque a sua interpretação sempre caberá em uma dessas teorias.
Antes de terminar quero fazer uma observação e pedir para o autor da lição e os editores da CPAD ter cuidado, pois não existe esse verbo dizimar em relação ao dízimo, pois dizimar é destruir, acabar, punir um soldado a morte a cada dez, e o dízimo não é uma punição da décima parte e sim uma gratidão. É hilário, mas é a verdade!
Fiquem na graça e na paz.


Fonte: Ebdbrasil Acesse "eu recomendo".

Um comentário:

  1. A Paz do Senhor amado! bem arazoado seus pontos. Creio que o que, hoje em dia, torna esse assunto ainda mais polêmico, seja a forma como é conduzido em nossas igrejas. pode se ficar devendo "lá fora" mas nunca deixar o dízimo de lado. por outro lado, por um esfriamento espiritual nos temos tornado mesquinhos e, por observar como são conduzidas as receitas, pouco fazendo pelos que realmente necessitam de auxilio da igreja e vivendo em pompas os que dela vivem, temos deixado de adorar a Deus com aquilo que Ele tem nos dado.

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