quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pastor suspeito de falcatruas quer criar cargo de capelão parlamentar

O deputado Silas Câmara(foto), do PSC-AM, apresentou proposta para a criação do cargo de capelão parlamentar com o propósito de dar assistência espiritual e religiosa aos deputados.

Câmara é empresário e pastor da Assembleia de Deus. Sua filha e seu irmão têm emissoras de rádio no Acre e no Pará. Ele é casado com a deputada Antônia Lúcia Câmara (PSC-AC).

De acordo com o PR (Projeto de Resolução) 44/2011, de autoria de Câmara, a figura de capelão parlamentar não implicará despesas porque será uma função sem remuneração. Estabelece que caberá ao presidente da Câmara designar o capelão parlamentar a cada início de sessão, de acordo com as sugestões dos partidos. 

Câmara responde a um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a acusação de embolsar o salário dos funcionários do seu gabinete. No TRF (Tribunal Regional Federal) do Amazonas, é réu em um processo movido pelo Ministério Público por improbidade administrativa.  No TRE (Tribunal Regional Eleitoral) responde a três processos -- um por ilegalidade em campanha eleitoral e dois por abuso de poder.

Em janeiro deste ano, o MPF (Ministério Público Federal) denunciou (acusação formal) Antônia Lúcia por ser a coordenadora de uma quadrilha que usava recursos da Rádio e TV Boas Novas na sua campanha eleitoral e na do marido. De acordo com o órgão, ela instruía pastores a obrigar que os fiéis votassem nos candidatos do PSC (Partido Social Cristão).

Em setembro do ano passado, a Polícia Federal prendeu no Acre os dois filhos do casal quando transportavam em uma caixa de papelão R$ 472 mil. Pela acusação da PF, tratava-se do caixa 2 de campanha eleitoral. Antonia disse na época que o dinheiro era das emissoras da família. 

Paulopes Com informação da Câmara dos Deputados, do site A Crítica e da Transparência Brasil.

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