sexta-feira, 22 de julho de 2011

No ‘Funk de Deus’, a rebeldia dá lugar ao enaltecimento do dízimo e oferta


É funk que não questiona
Embora desde a sua origem a música funk seja irreverente, com letras de duplo sentido e recheadas às vezes de palavrões, os evangélicos começam a aderir a esse ritmo. O resultado tem sido chamado de Funk Gospel ou  Funk de Deus.

O cantor Adriano Gospel Funk até já gravou o seu terceiro CD, cujo título é “Dízimo e Oferta”.

Não se trata de uma contestação à notória ganância de pastores, como era de se esperar de um funk, mas de enaltecimento a essas “duas ordenanças bíblicas”, no palavreado evangélico.

Entre outras coisas, a música que dá o nome ao CD diz:

Tem gente que não aprende o segredo de prosperar
Com jejum e oração o gafanhoto não vai matar
Eu que já sou vacinado o segredo eu vou te contar
Pro gafanhoto ser derrotado você tem que Ofertar 


Outras músicas são: Deus é Fiel, Vai Ter que Casar, Eu Quero Dançar, Exército de Gideão, Filho Pródigo, Orar Para Namorar, Transformado, O Funk é de Deus, Encontro, Minha Vitória, Filho Pródigo, e Abraça.

Quem não gosta de funk poderá agora comentar que ocorreu o que parecia impossível: a música ficou pior.

No começo do ano, Ricardo Gondim, pastor da Igreja Betesda e crítico do movimento neopentecostal, escreveu que Deus lhe livre de um Brasil evangélico porque, entre outras consequências, o puritanismo cristão arrasaria a cultura brasileira.

O Funk de Deus é um indicativo de que os temores de Gondim começam a se concretizar.
"Você tem que ofertar"


Fonte: Paulopes

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