A polícia da Arábia Saudita prendeu neste domingo (22) a consultora de segurança de informática Manal Alsharif (foto), 32, porque ela lançou na internet uma campanha contra a proibição que impede mulheres de dirigir carros.
Ela postou ontem no Youtube um vídeo no qual aparece dirigindo em ruas de Khobar, na Província Oriental. O vídeo foi visto 500 mil vezes, até que na tarde de hoje o seu acesso passou a ser “privado”. Sites jornalísticos, como o do La Republlica, têm cópia das imagens.
Mulher ao volante, uma ofensa a Maomé
A Reuters informou que Alsharif foi libertada após prestar esclarecimentos às autoridades policiais e religiosas, mas foi presa de novo hora depois em sua casa, de onde foi levada para um presídio de mulheres que cometem delitos graves. Entidades de defesa aos direitos humanos pedem a sua libertação.
Alsharif, que aprendeu a dirigir nos Estados Unidos, pertence a um grupo de ativistas que criou no ano passado no Facebook uma página convidando as mulheres a dirigir. A página foi deletada. Ela tinha cerca de 1.900 inscritos. Outra página que defende chicotada em mulheres que dirigem tem 2.800 adeptos.
O regime de governo da Arábia Saudita é monarquia absolutista e a religião, islã. O país tem uma polícia religiosa para reprimir quem não se comporta de acordo com o Corão.
Pela Sharia (legislação islâmica), as mulheres são obrigadas a usar véu e não podem, entre outras coisas, dirigir carro e viajar ao exterior sem autorização escrita de um homem (um deles: pai, marido, irmão ou filho).
Antes de se presa, Alsharif deu uma entrevista à CNN na qual disse que chegou a hora de as mulheres sauditas mostrarem ao mundo que lutam por seus direitos civis.
Com informação das agências.
Fonte: Paulopes
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