segunda-feira, 9 de maio de 2011

Os homófobos, os evangelicófobos e o PLC 122

Muita gente tem usado o termo “homofóbico” para se referir à pessoa que odeia os homossexuais — opondo-se a eles de maneira irascível, raivosa, truculenta, violenta, etc. — ou se opõe à homossexualidade de maneira ofensiva, zombeteira, etc.Penso que o termo mais apropriado seria “homófobo”: “que ou aquele que demonstra ter homofobia” (Houaiss).

O termo “evangelicófobo” não consta dos dicionários. Eu o propus ontem, no Twitter e no Facebook, para mostrar a incoerência do PLC 122, projeto de lei que pretende criminalizar a opinião dos que apenas são contrários à prática homossexual, como, por exemplo, os evangélicos, que sempre pregaram contra a homossexualidade, visto que 
apresentar o Evangelho aos pecadores significa mostrar o amor e o juízo de Deus. E, na Bíblia, um dos pecados que o Senhor condena é a homossexualidade (Lv 18; Rm 1; 1 Co 6, etc.).


Diante do exposto, 
se o simples fato de eu discordar dos homossexuais torna-me homófobo (inimigo figadal dos homossexuais), o simples fato de eles discordarem de mim também os torna evangelicófobos (inimigos figadais dos evangélicos). E não é isso que temos visto atualmente? Os defensores do homossexualismo pedem a aprovação do PLC 122, mas eles mesmos portam-se de maneira irascível, truculenta, em relação aos evangélicos.

Ontem, o STF reconheceu a legitimidade da união de pessoas do mesmo sexo. É evidente que tal decisão não foi tomada com base na Bíblia, visto que esta prescreve que 
o casal deve ser formado por homem e mulher (Mt 19.4). E, segundo o meu amigo e pastor Euder Faber, presidente da VINACC (Visão Nacional para Consciência Cristã), a decisão não foi tomada com base “na Constituição, pois a mesma é explícita em afirmar o conceito de família, composto por um homem e uma mulher [...], o que os ministros do Supremo fizeram foi desconstruir o texto, extraindo deles toda a objetividade. Enfim, rasgaram a Constituição”.

Como cristãos, é evidente que devemos respeitar as pessoas homossexuais que vivem juntas. O que não podemos — sob pena de desobedecer à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra — é concordar com esse tipo de união, a qual, biblicamente, constitui um pecado. E
não é porque a justiça reconheceu tal união que vamos incentivá-la ou considerá-la não-pecaminosa, à luz da Bíblia.

Vendo um pouco mais além, e pensando na possibilidade da aprovação do PLC 122, seria um abuso obrigar os ministros evangélicos contrários à prática homossexual a fazerem casamentos de homossexuais. Isso é uma violação do direito constitucional. 
Se os homossexuais querem casar e constituir “família”, respeitamos o seu direito. Mas que procurem aqueles que estão de acordo com a sua ideologia.

Nenhum padre gostaria, por exemplo, que um casal evangélico o obrigasse a celebrar o seu casamento. Na igreja da maioria, sabemos, só podem casar as pessoas que seguem os seus dogmas. 
Por que os pastores seriam obrigados a casar pessoas que não estão de acordo com a doutrina evangélica, no caso dos que mantêm relações homossexuais?

Por que os evangélicos não aceitam o PLC 122? Porque ele é uma tentativa de nos obrigar a concordar “na marra” com o homossexualismo. E isso é um absurdo!
Temos o direito constitucional da livre expressão da opinião, o que não caracteriza homofobia, a menos que usemos de ofensa, ameaça, violência, etc. A pregação contrária ao que a Bíblia chama de pecado não é discriminar pessoas, ser homófobo ou adotar postura homofóbica.

A Bíblia — isto é, Deus — condena a prática homossexual. Mas a Bíblia (Deus) também mostra que o homem tem livre-vontade para escolher entre o bem e o mal (Dt 30.19; Mt 7.13,14). 
E os cristãos devem respeitar as escolhas das pessoas. Entretanto, ninguém pode nos obrigar a concordar com as escolhas das pessoas. Ter opinião contrária faz parte do processo democrático. Ou não?

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

Nenhum comentário:

Postar um comentário