Por Ciro Sanches Zibordi
Neste ano, a Assembleia de Deus no Brasil deveria comemorar dois aniversários: os 100 anos de sua fundação e os 100 anos da igreja-mãe, em Belém do Pará. A comemoração poderia ser uma só, isto é, duas em uma. Entretanto, uns dizem: “Eu sou da igreja-mãe”. Outros: “Eu sou do Belenzinho”. E ainda outros: “Eu sou de Madureira”.
Essas disputas políticas causaram a morte do sonho assembleiano. Que sonho? O de que todas as convenções e ministérios da Assembleia de Deus estariam reunidos e também unidos, no mês de junho, para as comemorações do seu centenário.
A festa do centenário não é somente de Belém do Pará. É um exagero dizer que apenas aquela igreja tem o direito de celebrar os 100 anos da Assembleia de Deus! A festa é de todos os membros dessa igreja. Afinal, a despeito de esta ter começado ali, expandiu-se por todo o território brasileiro. Belém foi a porta de entrada e o centro irradiador da mensagem pentecostal em nosso país, porém o aniversário da instituição é nacional.
A morte do sonho assembleiano oferece-nos a oportunidade de refletirmos sobre várias coisas.
Até quando líderes assembleianos — não todos, é claro — vão se odiar? Até quando os pastores, frente a frente, reunidos em uma assembleia geral ordinária, terão dificuldade de pedir perdão um ao outro? Até quando eles preferirão adotar regras parlamentares para se digladiarem com elegância? Até quando os convencionais vão continuar a ser estimulados pelos próprios líderes a se ensoberbecerem “a favor de um contra outro” (1 Co 4.6)?
Recebam todos as minhas sinceras condolências.
Ciro Sanches Zibordi
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