sábado, 11 de junho de 2011

Deputado Evangélico João Campos Questiona Dados Sobre Violência Contra Homossexuais

O Deputado da bancada evangélica, João Campos (PSDB-GO), pede o esclarecimento sobre os dados do relatório sobre violência contra os homossexuais.
Segundo as estatísticas do relatório elaborado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) lançado em abril deste ano, a cada 36 horas, um homossexual brasileiro é assassinado por homofobia. Entretanto, serão as razões pelo assassinato motivados por homofobia?
O deputado prepara um requerimento para o ministro José Eduardo Cardozo, no qual pretende questionar a veracidade dos dados referentes a esses assassinatos de homossexuais no Brasil.
“Estão dizendo que, em todos os casos de assassinato de homossexuais, a motivação foi a homofobia. Será que é verdade? Qual o perfil dos autores desses assassinatos? São os companheiros ou terceiros? Será que tem alguma motivação relacionada com droga, álcool, prostituição? Será homofobia ou o gay está sendo vítima de violência da mesma forma que o heterossexual?” questiona João Campos.
“Nós precisamos passar essas informações a limpo, para ninguém ser induzido ao erro,” ressaltou.
João Campos comenta isso no contexto da polêmica do PLC 122, que prevê a criminalização da discriminação contra os homossexuais, o qual segundo os evangélicos é “flagrantemente inconstitucional.”
“O PL 122 é flagrantemente inconstitucional. Quando ele propõe a criminalização da homofobia, esse projeto subtrai da sociedade aquilo que é o sustentáculo da democracia: a livre manifestação do pensamento e a inviolabilidade da crença e da consciência”, defendeu João Campos.
E completou, “o nosso encaminhamento é para apoiar um projeto do senador Paim, que caminha nessa mesma direção, mas sem esses vícios de constitucionalidade.”
O presidente da Frente Evangélica diz que a bancada trabalhará para que o governo não elabore nenhum material educativo específico para tratar sobre questões sexuais.
Para ele, “adotar um programa para prevenir o preconceito e a discriminação em relação apenas a uma minoria da sociedade brasileira" é um erro.
“Por que não um programa, com fundamento na cidadania, que oriente a criança a respeitar qualquer pessoa nas suas diferenças?” questiona.

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